
2 de jan. de 2018 por Victor Manresa
"Em um instante" - por Gordon Hayward
Essa carta foi escrita por Gordon Hayward, em seu site oficial, e publicada dias após a lesão.
Eu já fiz aquela jogada várias vezes.
Ano passado com o Utah Jazz, era uma de nossas jogadas favoritas. Eu recebia uma ponte área de Joe Ingles quase todo jogo. Desta vez, era um jogada desenhada onde eu tinha duas opções: sair de um bloqueio ou cortar por trás da defesa.
Pelo que me lembro, fiz um bloqueio em Jae Crowder, para que pudesse cortar pelo fundo, e eu estava um passo a frente dele quando Kyrie levantou a bola. Eu subi e tentei pegá-la e, exatamente naquele momento, LeBron James veio do outro lado. Então eu tinha, um cara atrás de mim, outro na minha frente, e todos nós tentando pegar a bola que estava no alto.
Houveram vários momentos nos quais eu fui desequilibrado no ar. Houveram várias vezes em que o pior quase aconteceu, quando eu caí muito forte. E na maioria delas, eu sempre saí bem. Eu apenas levantei novamente.
Dessa vez não parecia diferente quando eu estava no ar. Quer dizer, eu sabia - há um momento em que você esta no ar e é desequilibrado, em que você pensa: "Ah não, estou prestes a cair bem forte". Mas por muitas vezes, é possível ajustar o seu próprio corpo no ar, então você vai cair corretamente, e não sobre algo que você possa machucar daquele jeito horrível.
Mas dessa vez, minha perna ficou por baixo de mim.
Imediatamente, eu sabia que algo não estava certo, mas quando cai, não senti uma quantidade de dor absurda. Eu rolei e vi meu pé, e estava virado totalmente pra direção errada. Meu primeiro pensamento foi: "Ah, isso não é bom. Há algo de errado aqui." Eu senti uma sensação de pânico e chamei o árbitro: "Ei, olhe isso. Você tem que parar o jogo". E, ainda assim, não parecia doer tanto.
Então, de repente, veio.
Era como se meu cérebro descobrisse o que aconteceu, fui atingido por doses de dor. A equipe médica veio correndo rapidamente, mas por menos tempo que fosse – três segundos, cinco segundos – eu apenas me lembro de estar lá sentado, olhando para o meu pé virado para o lado errado, e parecia uma eternidade. Dr. Rosneck, médico do Cavaliers, me seguro enquanto explicava para eles que teriam que colocar meu tornozelo de volta no lugar. Eu me segurei, e no momento em que o fizeram, foi uma quantidade absurda de dor, provavelmente a maior dor que já senti na vida.
Àquela altura, a equipe médica começou a me colocar na maca. Minha perna ainda estava latejando e minha parte estava por toda parte. Me lembro de LeBron James chegando perto. Eu sei que falei com Kyrie e outros companheiros do time e da comissão técnica. Todos estavam desejando minha melhora e orando por mim, eu acho. Tudo foi um borrão. Foi quando a equipe médica estava me levando para fora de quadra que eu fui atingido por essa onda de emoção. Tudo que eu podia pensar era que estava tudo acabado. Eu trabalhei tanto. Mudei para uma nova equipe. E agora isso acontece
O que vai acontecer comigo? Eu vou poder voltar? Vou poder jogar novamente? Estou acabado? Minha carreira acabou?
O que eu faço agora?
Era pra ser uma noite bem diferente.
Noite de abertura. Todo mundo estava animado. A NBA estava de volta. Kyrie estava voltando à Cleveland. Algumas pessoas estavam vaiando ele, e outras aplaudindo. Parecia um grande jogo, contra LeBron e o Cavs, e fazendo parte dessa rivalidade. Eu estava mais empolgado do que qualquer um, pronto para finalmente começar a temporada.
Mas agora, em vez de competir no jogo que estava sendo tão comentado desde o verão, eu estava em uma das salas de treinamento da Quicken Loans Arena, tirando raios-x. A primeira pessoa que falou comigo lá foi Isaiah Thomas. Ele já estava lá quando eu cheguei. Não consigo me lembrar exatamente do que ele me disse, só sei que ele fez uma oração para mim, ao meu lado. Ele estava lá para mim. Aprendi em pouco tempo o cara especial que o Isaiah é.
Quando os raios-x ficaram prontos, os médicos me disseram: "Olha, você tem um tornozelo quebrado. Nós vamos fazer algumas ligações para descobrir o que todos querem fazer. Por enquanto, o plano era regressar a Boston com a equipe, ir direto ao hospital e tomar mais decisões amanhã".
Minha esposa Robyn ligo, mas eu ainda não tinha conseguido falar com ela. Ela estava recebendo, basicamente, todas as informações desde que aconteceu. Finalmente, eles me colocaram com ela no telefone. Ela apenas dizia: "Sinto muito, eu queria poder estar aí para te ajudar. Eu queria poder tirar essa dor de você. O que você precisa que eu faça? Tudo vai ficar bem. Deus tem um plano."
Naquele momento, voltei para o vestiário e esperei o jogo acabar.
Aquilo pareceu como a metade de jogo mais longa da minha vida. Todo mundo estava tentando me consolar, e me dizer que tudo ficaria bem. Eu sabia que eles tinham boas intenções mas. eu só conseguia pensar na ansiedade e no estresse que estavam na minha cabeça. Eu estava pensando sobre se havia algo que eu pudesse fazer para me sentir melhor, que faria aquilo se curar magicamente. Meus pensamentos começaram a ir para lugares sombrios.
Na minha mente, eu continuava vendo meu tornozelo virado para o lado errado.
Não havia como estar bem.
E, mesmo que isso acontecesse, levaria um tempo para ficar tudo bem.
Após o jogo, me levaram em uma ambulância até o avião da equipe. Minha perna estava envolta de um tipo macio e pequeno de gesso, para mantê-la estável durante o vôo. Eu tomei um pouco de Tylenol, mas nenhum remédio forte para a dor. Então, meu tornozelo estava latejando bastante e, praticamente, ficou assim até chegarmos ao hospital de Boston.
Me colocar no avião não foi fácil. Eu estava em uma maca, e tive que ser carregado por dois andares de escada. Precisaram de quatro pessoas pra me carregar, e Brad Stevens era uma delas. Haviam provavelmente umas 25 pessoas querendo me ajudar mas, ele queria ter certeza de que uma das que ajudaria seria ele. Quero dizer... ele é exatamente essa pessoa.
Meus pais, que foram ao jogo, acabaram voando para casa comigo - minha mãe sentada ao meu lado e meu pai à minha frente. Nossos treinadores, Art Horne e Brian Dolan, estavam lá me ajudando também. Eles tinham uma mesa onde eu poderia colocar minha perna e mantê-la para cima, então eu sentei lá na cadeira durante todo o vôo e tentei não me mover.
Durante o vôo de volta, meus companheiro vieram me encorajar. Foi muito emocionante pra mim ver como todos meus novo companheiro de equipe, caras com quem só havia passado apenas algumas semanas até então, foram tão sinceros quanto à preocupação comigo. O apoio às vezes me surpreendeu e não será esquecido.
Robyn me encontrou no aeroporto e foi comigo em outra ambulância até o hospital. Isso foi bom, apenas vê-la e tê-la comigo. O Técnico Stevens, sua esposa Tracy e nosso GM assistente, Mike Zarren, seguiram a ambulância e ficaram conosco enquanto nós dávamos entrada no hospital. Foi realmente incrível, considerante que nós tinhamos jogado uma partida, e havia outra na próxima noite. Não é como se pudessem fazer qualquer coisa por mim, e eram duas horas da manhã ou algo assim. Eles ficaram um tempo apenas para terem a certeza que nós estávamos bem. Então Robyn e eu tentamos dormir por algumas horas.
Às 06h da manhã, os médicos vieram e nos disseram que queriam fazer um raio-X, uma tomografia e uma ressonância magnética. Eles queriam ter uma visão em 360 graus do meu pé. Então, passamos o resto da manhã fazendo exames, e depois, o resto do dia tentando resolver como a cirurgia seria feita.
O dia seguinte passou lentamente. Danny Ainge veio e me ofereceu alguns conselhos sobre a cirurgia. Em algum momento, Stevens veio e ficou comigo um pouco. Ele perguntou se precisávamos de alguma coisa dele, e mesmo eu não me lembrando disso, as pessoas dizem que eu pedi pra ele uma bola de basquete. Devo ter pedido, porque dias depois quando cheguei em casa, Tracy trouxe uma.
Haviam tantas decisões que deveriam ser tomadas em relação à cirurgia. Eu não estava no meu melhor estado de espírito para ajudar a tomá-las, então eu apenas escutei todas as idéias e sugestões diferentes, e deixei que àqueles que mais confio digerirem tudo e me ajudarem a tomar uma decisão final. Tudo o que eu sabia é que apenas queria completar a cirurgia e começar o caminho da recuperação. Finalmente, às 18h30, chegamos a um consenso para fazer a cirurgia naquela noite.
Pouco antes da cirurgia, Heather Walker, diretora de relações públicas do Celtics, sugeriu que fizéssemos um vídeo que pudesse ser mostrado aos fãs em Boston durante o primeiro jogo em casa. Eu pensei que era uma ótima ideia mas, até aquele momento, eu não havia dormido desde a lesão. Eu dormi provavelmente umas três horas nas últimas 24 horas. Havíamos acabado de decidir em fazer a cirurgia. Eu ainda estava tentando processar na minha mente o fato de que não jogaria a abertura de temporada em casa. Então eu não sabia o que dizer. Mas eu recebi tanta mensagens, queria pelo menos agradecer à todos que mandaram seus pensamentos e orações à mim.
O primeiro diágnostico dos médicos foi bom. “Se você fosse ter uma lesão horrível na perna, seria essa”, eles basicamente me disseram isso. Mesmo parecendo ser tão ruim, eles disseram que eu teria uma recuperação completa se a cirurgia fosse um sucesso.
Quanto ao plano da cirurgia, ela tinha três partes. A primeira era corrigir o osso, que era a parte mais simples e fácil de se fazer. Em seguida, seria a correção dos ligamentos que eu machuquei, que também era relativamente fácil. A terceira parte era o desconhecido, e a única que preocupava os médicos.
Havia um pequeno ponto no exame que poderiam indicar possíveis danos na cartilagem. Se fosse esse o caso, não seria bom.
"O que isso quer dizer?", eu perguntei.
Eles não sabiam até abrir o meu pé, disseram.
Pouco depois, os médicos estavam: "Tudo bem. Estamos prontos para te levar à sala de cirurgia". Fiquei aliviado porque finalmente iria acontecer. Eu estava rezando para que tudo corresse bem, e que nada estaria errado com aquele pequeno ponto de cartilagem. Eu só queria que tudo terminasse logo.
Eles me prepararam e me deram anestesia. Quando acordei estava muito grogue, e meu pé estava latejando e pesado, com uma grande proteção nele. Eram cinco horas da manhã, e tudo que eu queria fazer era dormir, mas eu lembro de ter chamado a enfermeira. Quando ela entrou, perguntei: "Como foi? O que eles disseram? Alguém pode me explicar o que houve?". Ela disse: "O médico irá lhe dizer pela manhã, mas pelo que sei, a cirurgia correu bem. Você deve tentar dormir um pouco".
Poucas horas depois, os médicos entraram. A cirurgia foi mesmo um sucesso. A cartilagem dos exames não tinha nada a ver com a lesão, e não era um problema. Tudo ocorreu extremamente bem.
Isso foi realmente bom de se ouvir.
Kobe Bryant postou uma mensagem no Instagram, e também me mandou um email. Kobe é alguém com quem aprendi e está ao meu lado desde que treinei com ele. Eu não posso dizer o bastante sobre o quanto significa o seu apoio, alguém que é um dos melhores da história, e basicamente passou por tudo. Ele não se machucou da mesma forma, mas teve uma lesão devastadora da qual ele se recuperou. Esse e-mail significou muito.
E então o Utah Jazz. Eu tive uma difícil decisão de deixá-los nessa Off-season, e mesmo assim, todos desde os donos, à diretoria, técnicos e todos os meus companheiros estavam lá imediatamente por mim. Eles continuam a mostrar que são de primeira classe em todos os sentidos, e eu sou sortudo por ter sido parte desta organização.
Barack Obama me mandou um email, também. Isso realmente foi incrível.
Eu preciso fazer um agradecimento especial ao Dr. McKeon, Dr. Schena e Dr. Slovenkai, que me operaram no New England Baptist Hospital. Também agradeço ao Dr. Porter, que me consultou durante todo o processo. Todos reagendaram seus horários para ter certeza de que eu teria a melhor atenção médica possível.
Finalmente, o Celtics tem sido a melhor em todos os aspectos. Eles sabem que eu não irei voltar para quadra essa temporada, mas eles estão fazendo todo o possível para que eu tenha todos os recursos necesários, e estão eu me fazendo sentir como parte do time. Toda a família Celtics é composta de pessoas incrivelmente carinhosas.
Eu honestamente não posso dizer o suficiente sobre a bondade de todos.

***
Eu já fiz aquela jogada várias vezes.
Ano passado com o Utah Jazz, era uma de nossas jogadas favoritas. Eu recebia uma ponte área de Joe Ingles quase todo jogo. Desta vez, era um jogada desenhada onde eu tinha duas opções: sair de um bloqueio ou cortar por trás da defesa.
Pelo que me lembro, fiz um bloqueio em Jae Crowder, para que pudesse cortar pelo fundo, e eu estava um passo a frente dele quando Kyrie levantou a bola. Eu subi e tentei pegá-la e, exatamente naquele momento, LeBron James veio do outro lado. Então eu tinha, um cara atrás de mim, outro na minha frente, e todos nós tentando pegar a bola que estava no alto.
Houveram vários momentos nos quais eu fui desequilibrado no ar. Houveram várias vezes em que o pior quase aconteceu, quando eu caí muito forte. E na maioria delas, eu sempre saí bem. Eu apenas levantei novamente.
Dessa vez não parecia diferente quando eu estava no ar. Quer dizer, eu sabia - há um momento em que você esta no ar e é desequilibrado, em que você pensa: "Ah não, estou prestes a cair bem forte". Mas por muitas vezes, é possível ajustar o seu próprio corpo no ar, então você vai cair corretamente, e não sobre algo que você possa machucar daquele jeito horrível.
Mas dessa vez, minha perna ficou por baixo de mim.
Imediatamente, eu sabia que algo não estava certo, mas quando cai, não senti uma quantidade de dor absurda. Eu rolei e vi meu pé, e estava virado totalmente pra direção errada. Meu primeiro pensamento foi: "Ah, isso não é bom. Há algo de errado aqui." Eu senti uma sensação de pânico e chamei o árbitro: "Ei, olhe isso. Você tem que parar o jogo". E, ainda assim, não parecia doer tanto.
Então, de repente, veio.
Era como se meu cérebro descobrisse o que aconteceu, fui atingido por doses de dor. A equipe médica veio correndo rapidamente, mas por menos tempo que fosse – três segundos, cinco segundos – eu apenas me lembro de estar lá sentado, olhando para o meu pé virado para o lado errado, e parecia uma eternidade. Dr. Rosneck, médico do Cavaliers, me seguro enquanto explicava para eles que teriam que colocar meu tornozelo de volta no lugar. Eu me segurei, e no momento em que o fizeram, foi uma quantidade absurda de dor, provavelmente a maior dor que já senti na vida.
Àquela altura, a equipe médica começou a me colocar na maca. Minha perna ainda estava latejando e minha parte estava por toda parte. Me lembro de LeBron James chegando perto. Eu sei que falei com Kyrie e outros companheiros do time e da comissão técnica. Todos estavam desejando minha melhora e orando por mim, eu acho. Tudo foi um borrão. Foi quando a equipe médica estava me levando para fora de quadra que eu fui atingido por essa onda de emoção. Tudo que eu podia pensar era que estava tudo acabado. Eu trabalhei tanto. Mudei para uma nova equipe. E agora isso acontece
O que vai acontecer comigo? Eu vou poder voltar? Vou poder jogar novamente? Estou acabado? Minha carreira acabou?
O que eu faço agora?
Choque total
Noite de abertura. Todo mundo estava animado. A NBA estava de volta. Kyrie estava voltando à Cleveland. Algumas pessoas estavam vaiando ele, e outras aplaudindo. Parecia um grande jogo, contra LeBron e o Cavs, e fazendo parte dessa rivalidade. Eu estava mais empolgado do que qualquer um, pronto para finalmente começar a temporada.
Mas agora, em vez de competir no jogo que estava sendo tão comentado desde o verão, eu estava em uma das salas de treinamento da Quicken Loans Arena, tirando raios-x. A primeira pessoa que falou comigo lá foi Isaiah Thomas. Ele já estava lá quando eu cheguei. Não consigo me lembrar exatamente do que ele me disse, só sei que ele fez uma oração para mim, ao meu lado. Ele estava lá para mim. Aprendi em pouco tempo o cara especial que o Isaiah é.
Quando os raios-x ficaram prontos, os médicos me disseram: "Olha, você tem um tornozelo quebrado. Nós vamos fazer algumas ligações para descobrir o que todos querem fazer. Por enquanto, o plano era regressar a Boston com a equipe, ir direto ao hospital e tomar mais decisões amanhã".
Minha esposa Robyn ligo, mas eu ainda não tinha conseguido falar com ela. Ela estava recebendo, basicamente, todas as informações desde que aconteceu. Finalmente, eles me colocaram com ela no telefone. Ela apenas dizia: "Sinto muito, eu queria poder estar aí para te ajudar. Eu queria poder tirar essa dor de você. O que você precisa que eu faça? Tudo vai ficar bem. Deus tem um plano."
Naquele momento, voltei para o vestiário e esperei o jogo acabar.
Aquilo pareceu como a metade de jogo mais longa da minha vida. Todo mundo estava tentando me consolar, e me dizer que tudo ficaria bem. Eu sabia que eles tinham boas intenções mas. eu só conseguia pensar na ansiedade e no estresse que estavam na minha cabeça. Eu estava pensando sobre se havia algo que eu pudesse fazer para me sentir melhor, que faria aquilo se curar magicamente. Meus pensamentos começaram a ir para lugares sombrios.
Na minha mente, eu continuava vendo meu tornozelo virado para o lado errado.
Não havia como estar bem.
E, mesmo que isso acontecesse, levaria um tempo para ficar tudo bem.
Após o jogo, me levaram em uma ambulância até o avião da equipe. Minha perna estava envolta de um tipo macio e pequeno de gesso, para mantê-la estável durante o vôo. Eu tomei um pouco de Tylenol, mas nenhum remédio forte para a dor. Então, meu tornozelo estava latejando bastante e, praticamente, ficou assim até chegarmos ao hospital de Boston.
Me colocar no avião não foi fácil. Eu estava em uma maca, e tive que ser carregado por dois andares de escada. Precisaram de quatro pessoas pra me carregar, e Brad Stevens era uma delas. Haviam provavelmente umas 25 pessoas querendo me ajudar mas, ele queria ter certeza de que uma das que ajudaria seria ele. Quero dizer... ele é exatamente essa pessoa.
Meus pais, que foram ao jogo, acabaram voando para casa comigo - minha mãe sentada ao meu lado e meu pai à minha frente. Nossos treinadores, Art Horne e Brian Dolan, estavam lá me ajudando também. Eles tinham uma mesa onde eu poderia colocar minha perna e mantê-la para cima, então eu sentei lá na cadeira durante todo o vôo e tentei não me mover.
Durante o vôo de volta, meus companheiro vieram me encorajar. Foi muito emocionante pra mim ver como todos meus novo companheiro de equipe, caras com quem só havia passado apenas algumas semanas até então, foram tão sinceros quanto à preocupação comigo. O apoio às vezes me surpreendeu e não será esquecido.
De volta à Boston
Robyn me encontrou no aeroporto e foi comigo em outra ambulância até o hospital. Isso foi bom, apenas vê-la e tê-la comigo. O Técnico Stevens, sua esposa Tracy e nosso GM assistente, Mike Zarren, seguiram a ambulância e ficaram conosco enquanto nós dávamos entrada no hospital. Foi realmente incrível, considerante que nós tinhamos jogado uma partida, e havia outra na próxima noite. Não é como se pudessem fazer qualquer coisa por mim, e eram duas horas da manhã ou algo assim. Eles ficaram um tempo apenas para terem a certeza que nós estávamos bem. Então Robyn e eu tentamos dormir por algumas horas.
Às 06h da manhã, os médicos vieram e nos disseram que queriam fazer um raio-X, uma tomografia e uma ressonância magnética. Eles queriam ter uma visão em 360 graus do meu pé. Então, passamos o resto da manhã fazendo exames, e depois, o resto do dia tentando resolver como a cirurgia seria feita.
O dia seguinte passou lentamente. Danny Ainge veio e me ofereceu alguns conselhos sobre a cirurgia. Em algum momento, Stevens veio e ficou comigo um pouco. Ele perguntou se precisávamos de alguma coisa dele, e mesmo eu não me lembrando disso, as pessoas dizem que eu pedi pra ele uma bola de basquete. Devo ter pedido, porque dias depois quando cheguei em casa, Tracy trouxe uma.
Haviam tantas decisões que deveriam ser tomadas em relação à cirurgia. Eu não estava no meu melhor estado de espírito para ajudar a tomá-las, então eu apenas escutei todas as idéias e sugestões diferentes, e deixei que àqueles que mais confio digerirem tudo e me ajudarem a tomar uma decisão final. Tudo o que eu sabia é que apenas queria completar a cirurgia e começar o caminho da recuperação. Finalmente, às 18h30, chegamos a um consenso para fazer a cirurgia naquela noite.
Pouco antes da cirurgia, Heather Walker, diretora de relações públicas do Celtics, sugeriu que fizéssemos um vídeo que pudesse ser mostrado aos fãs em Boston durante o primeiro jogo em casa. Eu pensei que era uma ótima ideia mas, até aquele momento, eu não havia dormido desde a lesão. Eu dormi provavelmente umas três horas nas últimas 24 horas. Havíamos acabado de decidir em fazer a cirurgia. Eu ainda estava tentando processar na minha mente o fato de que não jogaria a abertura de temporada em casa. Então eu não sabia o que dizer. Mas eu recebi tanta mensagens, queria pelo menos agradecer à todos que mandaram seus pensamentos e orações à mim.
O primeiro diágnostico dos médicos foi bom. “Se você fosse ter uma lesão horrível na perna, seria essa”, eles basicamente me disseram isso. Mesmo parecendo ser tão ruim, eles disseram que eu teria uma recuperação completa se a cirurgia fosse um sucesso.
Quanto ao plano da cirurgia, ela tinha três partes. A primeira era corrigir o osso, que era a parte mais simples e fácil de se fazer. Em seguida, seria a correção dos ligamentos que eu machuquei, que também era relativamente fácil. A terceira parte era o desconhecido, e a única que preocupava os médicos.
Havia um pequeno ponto no exame que poderiam indicar possíveis danos na cartilagem. Se fosse esse o caso, não seria bom.
"O que isso quer dizer?", eu perguntei.
Eles não sabiam até abrir o meu pé, disseram.
Pouco depois, os médicos estavam: "Tudo bem. Estamos prontos para te levar à sala de cirurgia". Fiquei aliviado porque finalmente iria acontecer. Eu estava rezando para que tudo corresse bem, e que nada estaria errado com aquele pequeno ponto de cartilagem. Eu só queria que tudo terminasse logo.
Eles me prepararam e me deram anestesia. Quando acordei estava muito grogue, e meu pé estava latejando e pesado, com uma grande proteção nele. Eram cinco horas da manhã, e tudo que eu queria fazer era dormir, mas eu lembro de ter chamado a enfermeira. Quando ela entrou, perguntei: "Como foi? O que eles disseram? Alguém pode me explicar o que houve?". Ela disse: "O médico irá lhe dizer pela manhã, mas pelo que sei, a cirurgia correu bem. Você deve tentar dormir um pouco".
Poucas horas depois, os médicos entraram. A cirurgia foi mesmo um sucesso. A cartilagem dos exames não tinha nada a ver com a lesão, e não era um problema. Tudo ocorreu extremamente bem.
Isso foi realmente bom de se ouvir.
Chegando em casa
Quando eu fui pra casa alguns dias depois, nós colocamos uma cama de hospital na sala de casa para que eu pudesse estar com Robyn e nossas duas filhas, Bernie e Charlie.
As meninas ficaram muito felizes quando voltei do hospital, mas ficaram confusas com o que estava no meu pé. Elas também ficaram confusas com as muletas (Bernie tem dois anos, e Bernie tem um). O que elas amaram foi a scooter que eu preciso para andar por aí. Elas acharam que é a melhor coisa do mundo. A scooter tem uma cestinha, Bernie é obcecada por coisas que têm cestas. Ela tem um pequeno carrinho de compras, e um pequeno carrinho de criança, onde ela coloca sua pequena boneca de bebê ou seu cachorrinho de pelúcia. Ela queria que eu andasse com seu cachorrinho dentro da cesta, o que foi cômico.
E, claro, porque eu estava na scooter, andando por aí, as duas queriam andar na scooter sozinhas. Elas também não queriam que ninguém as ajudasse, o que é completamente inseguro, já que ambas ficam instáveis sobre ela. Mas, Bernie era realmente engraçada. Ela subiu na scooter e tentou colocar o pé do jeito que eu colocasse meu pé sobre o dela.
Foi engraçado vê-la fazer isso - e incrível, honestamente ele tem dois ano, me viu fazendo aquilo e queria me imitar.
Bernie também é obcecada por machucados, então nós dissemos à ela que o papai tinha um grande machucado. Se eu estivesse na sala, ela correria e continuaria dizendo: "Mamãe! Mamãe! Papai se machucou!", até Robyn dizer "Sim. Ok. Eu estou vendo que ele se machucou". Então Bernie iria até ele, beijaria e daria um abraço, para tentar fazê-lo melhorar - por que é isso que nós fazemos quando ela se machuca, certo? Um dos programas favoritos de Bernie é Doc McStuffins. Ela gosta de fingir ser uma médica.
Então, quanto a minha lesão, Bernie está amando esse momento.
Quanto a Charlie, ela não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que tinha algo acontecendo, e ela não queria ser deixada de fora. Apenas correu e seguiu sua irmã e queria que eu a segurasse enquanto eu andava na scooter. Então foi o que eu fiz.
Então, quanto a minha lesão, Bernie está amando esse momento.
Quanto a Charlie, ela não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que tinha algo acontecendo, e ela não queria ser deixada de fora. Apenas correu e seguiu sua irmã e queria que eu a segurasse enquanto eu andava na scooter. Então foi o que eu fiz.
Muito obrigado
Minha recuperação esta apenas começando, mas já tenho muitas pessoas para agradecer.
A primeira delas é a Robyn. Há muitas coisas na minha vida que eu não teria conseguido sem ela - especialmente nos últimos meses. Quando eu estava sentado no vestiário em Cleveland, um dos primeiros pensamentos que passaram pela minha cabeça foi: "E agora, o que a Robyn vai fazer?", agora ela tem duas crianças pequenas e eu, para cuidar.
Desde o primeiro momento que nos falamos, ela estava: "Não se preocupe comigo. Eu vou ficar bem". Ela estava lá no hospital comigo o tempo todo. Desde que estou em casa, ela tem sido uma superstar conseguindo tudo o que eu preciso, lidando com todos, tentando atualiza-los sobre o que está acontecendo. Tem um monte de comprimidos que tenho que tomar e ela está controlando isso. Você só pode tomar alguns por hora. Ela tem uma tabela marcando todos. Ela também tem sido bastante encorajadora.
"Vamos sair disso mais fortes que nunca."
"Você vai ficar bem. Mas, nós temos que trabalhar nisso. Então levanta essa bunda daí e comece agora!"
Ela me faz rir.
Ela realmente me ajuda e me apoia, e eu não posso agradecê-la o suficiente.
Eu também sou grato pelo tremendo apoio que recebi. Eu não posso acreditar em todas as mensagens que recebi. Foram tantas pessoas que me desejaram o melhor, tendo-me em seus pensamentos e orações.
Muitos de vocês me mandaram tweets e mensagens, e provavelmente não tinha certeza que eu as leria. Por favor, saibam que fiz o melhor para ler cada uma. Eu posso dizer o quanto elas foram importantes me ajudando nas últimas semanas.
Quando você sente que seu mundo esta desmoronando, você começa a entender o quão sortudo é por ter pessoas te apoiando em todo lugar.
Eu sou especialmente grato por todos da Família NBA que me procuraram, e reforçaram o quão especial é fazer parte desta fraternidade.
Eu só estive em Boston durante um curto período de tempo até agora, então ter jogadores de Red Sox e Patriots compartilhando vídeos e mensagens usando minha camisa foi incrível. Toda a comunidade de Boston – desde os atletas profissionais até os torcedores do Celtics, estou aprendendo rapidamente o quão fantásticos vocês são – me emocionaram. Eu fiz apenas uma cesta como um Celtic, e mesmo assim todas essas pessoas me fizeram sentir como se estivesse em Boston por toda a minha carreira.
Eu realmente gostei de ouvir de outras pessoas que também tiveram lesões que encerraram suas temporadas. Caras como Odell Beckham Jr. e J.J. Watt. É muito legal eles procurarem, mesmo após o que aconteceu com eles. Paul George entrou em contato comigo imediatamente após ter me machucado. Ele foi alguém com quem troquei mensagens o tempo todo. Eu estava lá com ele quando sofreu uma lesão parecida. Ele sabe melhor que ninguém, talvez, exatamente o que estou passando, e vou passar. Eu sou muito agradecido pelo fato dele ter falado comigo o quanto antes, e ele é alguém com quem eu continuarei contando.
Desde o primeiro momento que nos falamos, ela estava: "Não se preocupe comigo. Eu vou ficar bem". Ela estava lá no hospital comigo o tempo todo. Desde que estou em casa, ela tem sido uma superstar conseguindo tudo o que eu preciso, lidando com todos, tentando atualiza-los sobre o que está acontecendo. Tem um monte de comprimidos que tenho que tomar e ela está controlando isso. Você só pode tomar alguns por hora. Ela tem uma tabela marcando todos. Ela também tem sido bastante encorajadora.
"Vamos sair disso mais fortes que nunca."
"Você vai ficar bem. Mas, nós temos que trabalhar nisso. Então levanta essa bunda daí e comece agora!"
Ela me faz rir.
Ela realmente me ajuda e me apoia, e eu não posso agradecê-la o suficiente.
Eu também sou grato pelo tremendo apoio que recebi. Eu não posso acreditar em todas as mensagens que recebi. Foram tantas pessoas que me desejaram o melhor, tendo-me em seus pensamentos e orações.
Muitos de vocês me mandaram tweets e mensagens, e provavelmente não tinha certeza que eu as leria. Por favor, saibam que fiz o melhor para ler cada uma. Eu posso dizer o quanto elas foram importantes me ajudando nas últimas semanas.
Quando você sente que seu mundo esta desmoronando, você começa a entender o quão sortudo é por ter pessoas te apoiando em todo lugar.
Eu sou especialmente grato por todos da Família NBA que me procuraram, e reforçaram o quão especial é fazer parte desta fraternidade.
Eu só estive em Boston durante um curto período de tempo até agora, então ter jogadores de Red Sox e Patriots compartilhando vídeos e mensagens usando minha camisa foi incrível. Toda a comunidade de Boston – desde os atletas profissionais até os torcedores do Celtics, estou aprendendo rapidamente o quão fantásticos vocês são – me emocionaram. Eu fiz apenas uma cesta como um Celtic, e mesmo assim todas essas pessoas me fizeram sentir como se estivesse em Boston por toda a minha carreira.
Eu realmente gostei de ouvir de outras pessoas que também tiveram lesões que encerraram suas temporadas. Caras como Odell Beckham Jr. e J.J. Watt. É muito legal eles procurarem, mesmo após o que aconteceu com eles. Paul George entrou em contato comigo imediatamente após ter me machucado. Ele foi alguém com quem troquei mensagens o tempo todo. Eu estava lá com ele quando sofreu uma lesão parecida. Ele sabe melhor que ninguém, talvez, exatamente o que estou passando, e vou passar. Eu sou muito agradecido pelo fato dele ter falado comigo o quanto antes, e ele é alguém com quem eu continuarei contando.
Kobe Bryant postou uma mensagem no Instagram, e também me mandou um email. Kobe é alguém com quem aprendi e está ao meu lado desde que treinei com ele. Eu não posso dizer o bastante sobre o quanto significa o seu apoio, alguém que é um dos melhores da história, e basicamente passou por tudo. Ele não se machucou da mesma forma, mas teve uma lesão devastadora da qual ele se recuperou. Esse e-mail significou muito.
E então o Utah Jazz. Eu tive uma difícil decisão de deixá-los nessa Off-season, e mesmo assim, todos desde os donos, à diretoria, técnicos e todos os meus companheiros estavam lá imediatamente por mim. Eles continuam a mostrar que são de primeira classe em todos os sentidos, e eu sou sortudo por ter sido parte desta organização.
Barack Obama me mandou um email, também. Isso realmente foi incrível.
Eu preciso fazer um agradecimento especial ao Dr. McKeon, Dr. Schena e Dr. Slovenkai, que me operaram no New England Baptist Hospital. Também agradeço ao Dr. Porter, que me consultou durante todo o processo. Todos reagendaram seus horários para ter certeza de que eu teria a melhor atenção médica possível.
Finalmente, o Celtics tem sido a melhor em todos os aspectos. Eles sabem que eu não irei voltar para quadra essa temporada, mas eles estão fazendo todo o possível para que eu tenha todos os recursos necesários, e estão eu me fazendo sentir como parte do time. Toda a família Celtics é composta de pessoas incrivelmente carinhosas.
Eu honestamente não posso dizer o suficiente sobre a bondade de todos.
Voltando
Então, o que eu faço agora?
Eu comecei assitir aos jogos. Num primeiro momento, era extenuante tentar assisti-los. Eu estava cheio de frustração, sabendo que não poderia fazer parte daquilo. Eu não estou com o time. É mentalmente difícil assistir aos jogos porque estou sentado aqui e pensando, "Eu não serei capaz de ajudar o time em quadra esse ano".
Mas eu decidi que isso tinha que parar. Eu tinha que mudar esse jeito de pensar. Eu sei que não posso ajudar fisicamente em quadra mas, farei tudo que estiver ao meu alcance para apoiar meus companheiros e técnicos de todas as maneiras possíveis. Seja esmiuçando vídeos ou apenas fornecendo liderança e orientação, eu não posso esperar para devolver. Eu já recebi muito.
Nós temos um time tão jovem e excitante, cheio de caras com um caráter incrível. Eu devo isso à todos eles, encontrar meu jeito de contribuir. Alguns dos jogadores mais jovens terão que crescer um pouco mais rápido do que o planejado. À eles serão confiadas situações onde terão muito mais responsabilidade. Mas isso será excelente para suas carreiras. Não há nada melhor que experiência na NBA, e eles vão receber um monte. Eu ainda acredito que ao final da temporada, nós podemos nos tornar algo realmente especial.
Eu continuo imaginando como será pisar na quadra do Garden, e fazer minha estreia na temporada regular como um Celtic. Será um pouco atrasado. Mas com cada dia de minha recuperação, estarei mais próximo de fazer isso acontecer. Eu já estou sonhando sobre dividir esse momento com todos aqui em Boston – uma cidade que ainda estou conhecendo, mas que me conectei através disso em maneiras além de tudo que eu poderia imaginar.
Agora, tudo se trata sobre voltar.
Tempo de começar.
Link original da carta: http://www.gordonhayward20.life/2017/11/01/in-an-instant/
Eu comecei assitir aos jogos. Num primeiro momento, era extenuante tentar assisti-los. Eu estava cheio de frustração, sabendo que não poderia fazer parte daquilo. Eu não estou com o time. É mentalmente difícil assistir aos jogos porque estou sentado aqui e pensando, "Eu não serei capaz de ajudar o time em quadra esse ano".
Mas eu decidi que isso tinha que parar. Eu tinha que mudar esse jeito de pensar. Eu sei que não posso ajudar fisicamente em quadra mas, farei tudo que estiver ao meu alcance para apoiar meus companheiros e técnicos de todas as maneiras possíveis. Seja esmiuçando vídeos ou apenas fornecendo liderança e orientação, eu não posso esperar para devolver. Eu já recebi muito.
Nós temos um time tão jovem e excitante, cheio de caras com um caráter incrível. Eu devo isso à todos eles, encontrar meu jeito de contribuir. Alguns dos jogadores mais jovens terão que crescer um pouco mais rápido do que o planejado. À eles serão confiadas situações onde terão muito mais responsabilidade. Mas isso será excelente para suas carreiras. Não há nada melhor que experiência na NBA, e eles vão receber um monte. Eu ainda acredito que ao final da temporada, nós podemos nos tornar algo realmente especial.
Eu continuo imaginando como será pisar na quadra do Garden, e fazer minha estreia na temporada regular como um Celtic. Será um pouco atrasado. Mas com cada dia de minha recuperação, estarei mais próximo de fazer isso acontecer. Eu já estou sonhando sobre dividir esse momento com todos aqui em Boston – uma cidade que ainda estou conhecendo, mas que me conectei através disso em maneiras além de tudo que eu poderia imaginar.
Agora, tudo se trata sobre voltar.
Tempo de começar.
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Link original da carta: http://www.gordonhayward20.life/2017/11/01/in-an-instant/
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