22 de out. de 2017 por Victor Manresa
Análise Boston Celtics - Semi Ojeleye

Na segunda rodada do Draft desse ano, o Celtics possuía a escolha 37# do recrutamento e ninguém esperava que Semi Ojeleye estivesse disponível àquela altura do Draft. Porém, Danny Ainge e seu staff estavam no relógio e oex-Duke, filho de nigerianos, ainda estava esperando sua chance de ser um jogador da NBA.
O Celtics trouxe o jogador, que pra muitos analistas foi um dos grandes steals desse Draft.
Durante a Summer League, Ojeleye demonstrou características que complementariam, e muito bem. a rotação do treinador Brad Stevens.
Durante a temporada da NCAA, Semi liderou o time de SMU a vencer sua conferência e se classificar para o March Madness, com uma campanha a oitava melhor campanha universitária (30-5). Ele angariou médias de 19 pontos, quase 7 rebotes, chutando 48% de FG e 42% da linha dos 3 pontos, com ele sendo o jogador do ano na Conferência AAC.
O Terminator, como ficou conhecido no College, é um jogador daquele estilo operário. É trabalhador e se sacrifica muito na sua função em prol do time. No College, ele era conhecido como um jogador agressivo em relação a cesta e com boa halidade de criar o próprio arremesso.

Até o momento, na parte ofensiva, Ojeleye se limitou à apenas chutar bolas de 3. Ainda não vimos aquele Semi Ojeleye da NCAA que brilhou em seus tempos de SMU. Além de agressivo, o jogador possuí uma boa mecânica e apresentava um controle de bola razoável e um bom controle próprio corpo, o que permitia um bom trabalho no 1 vs. 1 em que Semi conseguia criar seus arremessos.
Em situações de 1 vs. 1, o jogador foi o terceiro melhor em eficiência em toda a temporada universitária. Como em Boston o jogador terá menos a bola, é muito mais difícil dessas características serem exploradas.
Com a séria lesão de Gordon Hayward e com Marcus Morris ainda fora, Stevens deve aproveitar bem essas característica versáteis do jogador e usar bastante ele durante essa temporada, principalmente pra subir a estatura do time e usar outras formações.

A conclusão que podemos tirar dele, é que deve viver de sua defesa durante o primeiro ano de carreira. A capacidade de cobrir bem o perímetro e o garrafão dará bons minutos de quadra para ele, ainda mais em um time que costuma fazer diversas trocas de marcação, como o Celtics. Privilegiado de muita força física e boa capacidade atlética, Semi tem a habilidade de marcar e fazer bem as coberturas em várias posições durante as trocas. O que faz dele uma opção tanto no garrafão, na posição 4, quanto no perímetro, as vezes descendo para a posição 3 em uma formação mais alta.
Se conseguir bolas de 3 pontuais, trabalhar seu controle de bola e sua tomada de decisões, será uma bela arma para o Celtics vindo do banco e contribuindo ao lado de Rozier e Smart durante as partidas.
O que achou? Deixe sua opinião!